A gestação é um período único na vida de uma mulher. É um tempo mágico! Afinal de contas, carregamos uma vida dentro de nós. Uma vida que é um pedaço de nós e que está ali dentro, crescendo, se desenvolvendo a cada dia. Esta é uma dádiva que somente as fêmeas podem obter: gerar um filho!
Toda nova vida é um novo começo, um novo ânimo. Concebê-la, então é algo Sagrado. Durante a gravidez, nos tornamos a própria Deusa.
Mas afinal, o que você pode fazer para que desde a gravidez, seu bebê tenha os primeiros contatos com a religiosidade?
Você deve refletir sobre individualidade de seu filho, sobre o respeito que ele (a) merece ter como pessoa, sobre a liberdade que nós, wiccanianos, tanto valorizamos. Você deve incentivá-lo (a) a ser exatamente o que ele (a) é, e não o que é imposto pela sociedade ou pelos demais. Uma pessoa que pode ser e tem coragem de ser aquilo que realmente é, vive melhor e mais feliz.
Além de centrar-se, você pode entrar em contato com a energia dele, senti-lo em seu ventre, transmitir todo o amor que sente por ele, seu zelo e que você o espera com muita felicidade e de braços abertos. Você pode se imaginar numa floresta, perto de uma cachoeira, na beira da praia. No local onde você se sente bem, relaxada, calma. Cuide a respiração, sinta a energia fluindo em seu corpo.
Você também pode fazer afirmações positivas para o bebê, já que assim como ele compartilha de seu organismo, compartilha de seus sentimentos e de sua energia. Você pode fazer afirmações do tipo “Minha mãe me ama e espera com alegria para segurar-me em seus braços”, “Estou me preparando para entrar num mundo onde serei acolhido e criado com amor e respeito”. Você pode criar suas próprias afirmações.
Também através da meditação, você pode pedir que alguma Deusa se manifeste para ser sua Madrinha de Parto! Ela será muito importante durante a gravidez, pois Ela que vai orientá-la e prepará-la para a hora do parto. Naelyan Wyvem, diz em seu artigo Bruxa e Grávida – Como viver magicamente este momento tão importante na vida de uma mulher,
“No segundo trimestre da gravidez você pode começar a fazer o trabalho mágico de preparação para o parto, meditando com sua Deusa de Parto e ensinando seu corpo a se abrir. No último trimestre este trabalho de abertura do corpo pode ser intensificado caso você tenha optado pelo parto natural (faça isso apenas se você na estiver correndo risco de um parto prematuro)”.
Se não quiser esperar por uma manifestação, você mesma pode escolher. Pesquise sobre as características de cada uma Delas e faça uma escolha adequada ao seu propósito. Veja algumas deusas que foram mães e que são boas opções:
Ártemis: A deusa grega Ártemis nasceu de Leto, num parto sem dor, e em seguida ajudou sua mãe a dar à luz Apolo, seu irmão gêmeo, tornando-se assim a parteira que ajudou a própria mãe. Eram feitas celebrações em sua honra para a cura de mulheres e crianças.
Ísis: A Rainha Suprema dos egípcios, após salvar da morte seu amado Osíris, que havia sido desmembrado em quatorze pedaços por seu irmão, Set, procurou por seus pedaços e juntou-os, não encontrando apenas o pênis, que substitui por um membro de ouro. Assim ficou grávida, e teve que escapar da prisão de Set para os pântanos, e em um parto muito difícil deu à luz a Hórus.
Macha: Deusa Celta, Macha veio para trazer prosperidade e soberania a vida de Crunniuc, um viúvo, proprietário de terras ao norte da Irlanda. Certo dia, quando Macha estava já com gravidez avançada, ele foi convidado para ir a uma festividade, onde vira a oportunidade de fazer bons negócios. Ela ficaria em casa, porém avisou-lhe de que não deveria dizer nada de que pudesse se arrepender. Mas na festa depois da bebedeira, numa conversa com outros nobres, ouviu um deles falando que o rei possuía os cavalos mais velozes do mundo. Ouvindo isto, Crunniuc desafio-os dizendo que sua esposa era tão veloz ou mais. Então mandaram buscá-la, e ela pediu clemência devido ao seu estado, mas foi em vão. Ela correu e venceu a corrida, mas ao cruzar a linha de chegada, lançou um urro de dor e deu a luz gêmeos, que deu nome ao local “Émain Macha” ou “os Gêmeos de Macha”. Ela foi embora, e lançou uma maldição sobre aqueles homens e seus descendentes.
Coatlicue: É uma divindade asteca, considerada mãe de todas as outras divindades. Ela ficou grávida ao encontrar plumas brancas e colocá-las sobre o peito. Quando seus outros filhos descobriram sua gravidez, juraram matá-la para que seu filho não tomasse o lugar deles. Somente sua filha, Coyolxauhqul, a Deusa Lua, avisou-a que corria perigo. Então, ela foi decapitada pelo Deus Sol, e Coatlicue colocou a cabeça luminosa da filha amada no céu.
Ix Chel: Deusa Maia da ilha de Cozumel. Ela ajuda no nascimento dos filhos, pois segura o vaso do útero sagrado de cabeça para baixo, de modo que as águas da criação possam estar sempre jorrando.
Deméter: Ela preside o relacionamento com os filhos, pois sua filha Perséfone, foi capturada pelo Deus Hades, para viver com Ele no Submundo. Então, traumatizada, Deméter, tirou toda a energia vital da Terra. Zeus, preocupado com o acontecido, persuadiu Hades a devolver Perséfone. Hades, com medo de que Ela não mais voltasse, fez com que Ela comesse seis sementes de Romã. Assim, Ela voltou para Deméter durante seis meses (os de calor), e voltava para Hades, nos outros seis (os de frio).
Gaia: Gaia é a Mãe Terra surgida do Caos, a origem de tudo. Ela é mãe dos Titãs e ascendente de todo o panteão grego. Júpiter, por exemplo, que era chamado o pai dos deuses, é da segunda geração, ou seja, é neto de Gaia.
Bachue: A deusa colombiana Bachue, nome que na língua chibcha significa grandes seios, e seu filho criaram a espécie humana.
Cy: para os índios brasileiros, todas as coisas têm mãe. A Mãe de Todos, a Grande Mãe, na maioria das línguas indígenas é denominada Cy, aquela que sempre existiu e que nunca deixará de existir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário